Ontem optei por quase não ver o
jogo. Abstrair-me daquela final entre duas equipas em que queria que ambas
perdessem – coisa feia de se dizer mas era o que sentia.
E assim foi durante – quase - a
totalidade do jogo. Entretanto fui informada pelo marido que a Argentina estava
a ser roubada mas nem me aqueceu nem me arrefeceu.
Vi cerca de 40 – 50 minutos de
jogo, ou seja, os últimos minutos da segunda parte e o prolongamento. E do que
vi, apesar de a empatia não abundar em mim, comecei a desejar, por uma questão
de justiça, que a Alemanha saísse vencedora daquele duelo que já não me parecia
ser de futebol mas sim luta livre.
Aquilo era porrada velha de malta
que não tinha pernas para andar e recorria a golpes desesperados para travar o adversário.
Numa altura em que testemunhei o Schweinsteiger
a ser, ininterruptamente, alvo de agressões – o rapaz até teve de sair do campo
com o rosto a sangrar devido a um murro - a balança que há em mim (e gaja
também) identificou a similaridade com o tratamento dado tantas vezes ao CR7 e
achou que a Alemanha merecia ganhar porque mantinha o jogo no futebol e com
superioridade técnica.
Irrita-me quando eles não
conseguem jogar tipo 5 segundos sem uma falta, uma queda, um murro ou um
pontapé… perde a piadinha toda e a Argentina estava a ser a principal culpada
nesta situação.
Rendida às evidências a verdade é
que a Alemanha foi a justa vencedora. Não vacilou. Mostrou superioridade em
todos os jogos e com resultados que nos deixaram a todos de queixo caído. Por isso
mereceu elevar o troféu. Porque se focaram nos objetivos e identificaram as
dificuldades – como o clima – de forma a preparem-se da melhor forma possível
para as ultrapassarem. O que mais me custou foi mesmo aquele sorriso da Merkl
que sabia que este resultado iria originar. Mas pronto. Os jogadores não têm
culpa e está feito – está feito.
Uma nota para o melhor jogador
deste campeonato – não foi merecido. São os lobbies a funcionar porque toda a
gente sabe que o Messi não merecia o troféu que levou. Pelo que vi e ouvi o indubitável
merecedor era o James Rodriguez mas é assim: um gajo feio, antipático e mete
nojo acaba por ficar com a estatueta.
Depois de ver como este reagiu
face a todas as tentativas de o cumprimentar, congratular, ou até, simplesmente,
tocar caiu por terra qualquer simpatia, admiração ou imparcialidade que pudesse
ganhar da minha parte. Não gosto dele nem um niquinho e por muito bom jogador
que se seja nada justifica o ar de superioridade que este demonstra.
Do outro lado tivemos Schweinsteiger
seguido de todos os colegas com um sorriso no rosto e cumprimentos a todos. Dar
um high five não custa nada e os
alemães – povo que conhecemos como sendo frio e pouco dado a demonstrações de
afeição – fizeram o oposto do argentino. Gostei de ver e custou-me menos um
bocadinho e vitória.
Além disso temos sempre de ver a
coisa pelo lado positivo: são malta que gosta muito de cá vir passar férias e
admiram a nossa oferta turística e cultural. Podem continuar a vir e o Schweinsteiger
também pode passar cá uns dias – o pessoal recebe-o bem!
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