Mas posso sempre desculpar-me com a chuva
Subo as escadas e enfrento o que quero evitar
Quero fugir
Não quero enfrentar
Imagino
Imaginação fértil
E ignorante
Por não saber
Por querer esquecer
Bebo mais um golo de água e olho para o que tenho à minha volta
Tanto e tão pouco
Um sorriso involuntário
Com os sonhos a imporem-se
Como se pudessem simplesmente refugiar-me
Não quero
Mas vi-te
Ia no carro a pensar, num daqueles momentos em que os sonhos vêm
E vi-te
Arrancaste-me dos sonhos e chamaste-me à realidade
Porque o pouco tornou-se muito
A revolta tornou-se gratidão
Causada apenas pela tua visão
Sim, sou parva
Queixumes infundados de quem tem tanto
E sabes o que mais me marcou?
O teu sorriso
Marcaste-o a ferro e fogo na minha memória
Mas nem sei se o sorriso era teu
Ou se apenas quero acreditar que sim
Mas faz-me um favor estranha alvorada
Nunca desistas de sorrir
Luta sempre pela tua demanda
Tenho de voltar para a chuva
E aí a culpa é tua.
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