Penso que já aconteceu tudo o que
havia para acontecer.
Desligo.
Olho em direcção e sol e como não
consigo manter os olhos abertos fecho-os.
E sorrio. Descontraio.
Mas não… não é para descontrair. Nunca
é. O telefone acaba sempre por tocar. Uma ou outra conversa acaba sempre por se
dar.
Conversas, lamentos, preocupações
em catadupa.
Volto a vestir todo o meu
equipamento de guerra e vou fazer voluntariado no campo de batalha.
E mais um dia chega ao fim. E percebo
que não dá para baixar a guarda.
É preciso estar sempre alerta. Sempre
com a guarda levantada.
E é mesmo cansativo.
Ouvi coisas hoje que nunca pensei
vir a ouvir. Interpretei um papel que é meu há muitos anos mas foi
especialmente difícil porque abarcou questões que não pensei que fossem
abordadas.
Tenho de ser racional. Apesar de
ser a mais nova acabo por ser a figura fraterna a que recorrem. Carrego o peso
da responsabilidade de dar a resposta certa e o conselho adequado a este e
aquele. Mas, volta e meia deixam-me abananada com certos comentários.
Faço o melhor que sei mas
pergunto-me se é o melhor para todos. Sinto-me diferente porque existem assuntos
relativamente aos quais não me consigo manter calada. Mas será de facto melhor
assim?
Sinto-me de rastos. O dia de hoje
foi mesmo complicado. Amanhã vai ser melhor? Vou fazer por isso – está garantido.
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