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Desvendar o mistério



Tentei criar suspense mas é altura de desvendar tudo. Disse que hoje lá ia e fui:


Avaliação física número 3


Começou logo com uma ida antecipada (ainda em casa) à balança (porque o dia de pesagem oficial é à 5.ª feira) e levar com as consequências das asneiras dos últimos dias. Nesta última semana comi pizza, francesinha, bifana e até uma porra e, por isso, não há milagres. Ui, acabei de confessar todos os meus pecados.


Nunca é uma sensação agradável deparar-me com um aumento de 700 gramas na balança mas a verdade é que foram mais do que merecidos. Vida social em alta, asneira atrás de asneira, férias a aproximarem-se… acho que haverá necessidade de corte radical.


Cheguei ao ginásio e a já sabia para o que ia. Subi para cima da minha inimiga número 1 e verificámos uma descida de peso razoável. Outro equipamento para medições e estava feito.


O professor informou-me que já consegui perder 11Kg desde Janeiro – acho que se enganou nas contas mas isso agora não interessa nada! – e perguntou-me se fazia regime alimentar acompanhado por nutricionista. Assunto esclarecido.


Eu quis saber – porque é o que mais me interessa – se tinha reduzido a massa gorda e aumentado a massa magra. Disse-me que sim mas não me indicou valores. Não sei se o fez por a diferença ser muito pequena ou por hábito – nem quero pensar muito nisso. Fiquei mesmo com curiosidade mas não tive coragem de insistir.


Aproveitei também para mencionar uma alteração temporária no meu objetivo principal. Para minha grande surpresa acenou afirmativamente, acreditou que seria possível, e eu nem queria acreditar na sua reação. Imaginei todos os cenários possíveis: gargalhadas involuntárias, gozo gratuito, ridicularização da situação. Nunca acreditei que fosse reagir como reagiu. Muito porreiro.


Depois disso fez algumas (ou mais que muitas) alterações ao meu treino. Uma das principais mudanças é o aumento do tempo na passadeira. Depois temos: muito remo (passei de 1 minuto para 2 treinos de 500 metros), 3 séries de exercícios em cada máquina, aumento da intensidade. O que se mantém: uma lista das páginas amarelas de exercícios.


Tenho um longo percurso pela frente (será que algum dia vai ser curto?) mas estou confiante. Também fiquei contente por o professor ter em atenção que prefiro exercícios em máquinas – levantar pesos em frente a um espelho não é para mim. Pelo que percebi vai incidir mais no fortalecimento das pernas. Mas depois reporto as experiências. Nova fase, aí vou eu!


Para muitos acredito não fará qualquer sentido estes sentimentos que exprimo mas acho que devo partilha-los: depois de me mostrar (por alto) o meu novo plano de treino, agradeci, desejei bom dia e virei costas. O professor, depois de se despedir de mim – quando já estava a sair - disse: Ah! E bons treinos! Com sorriso incluído. E esta simples atenção fez-me sentir mais pessoa e menos motivo de chacota. Talvez seja bichinhos da minha cabeça mas depois de já ter ouvido o que ouvi ao longo da minha vida, sobretudo face ao meu peso, acho legítimo sentir-me assim. Sinto gratidão por não me fazer sentir apenas repugnante. E isso é bom – muito bom.


Agora, só gostava de perceber porque é que depois de cada avaliação física sinto uma vontade de chorar tremenda. Talvez um dia isso deixe de acontecer.

Comentários

  1. CHORAR... What?!!???!!!!
    Amiga tu estás com a genica toda, mestes inveja a qualquer uma pastelona (como eu) e ficas assim.
    Pelo contrário, devias dar pulos de alegria e sentir-te feliz por todo este percurso.
    Parabéns amiga pelas conquistas :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Chorar mas não obrigatoriamente de tristeza! Sinceramente nem eu percebo porquê mas acontece.
      Neste momento a genica é nula! 5 dias cheia de contraturas e sem fazer uma palha... vai ser bonito o retorno vai...
      Obrigada pelo apoio.
      Beijinhos

      Eliminar

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