Quem me dera perceber muito de tudo. Sempre ouvi dizer que o
conhecimento não ocupa lugar, mas há coisas que simplesmente não sabemos. É o
que acontece comigo no caso da bricolage. Percebo muito pouco da coisa e por
isso muitas vezes tenho ideias, mas a concretização ou o caminho para lá chegar
tenho de deixar para outra pessoa. E quem será essa outra pessoa? Ora pois
claro… o meu marido.
No que este assunto dizia respeito, achava fantástico que
sempre que alguma coisa implicava algum trabalho o mesmo declarava essa coisa
impraticável, infazível, inexequível, impensável…
Aconteceu uma, duas, dez, cem vezes, e eu, como pessoa de
boa fé, confiava cegamente naquilo que me era dito. Até ao dia em que decidi começar
a prestar mais atenção à coisa. Muitas vezes ele dizia-me que não, mas depois quando
eu comentava com o meu pai (que não tenta boicotar todas as minhas ideias que
dão algum trabalho) ele respondia-me que sim, bastava fazer aquilo e
aqueloutro. Ai, ai, ai, ai!!!
Espera aí que o problema é meu! Quero uma coisa, ele não
quer o trabalho… “Isso não dá Fi!” e eu resigno-me e acato sem mais a sua
declaração e nas minhas costas ele passa a mão pela testa, suspira e pensa
“ufa… que já me livrei de mais uma!”.
Então a missa agora é cantada de outra maneira…
Quando tenho uma ideia e a partilho com o meu marido ele
continua a dizer que não é possível. Depois eu digo “tens a certeza? Não estás a
dizer isso só para não teres trabalho? Não me estás a enganar só porque não
percebo do assunto?”
Com a brincadeira consegui reduzir a negas para cerca de
metade. Mesmo assim às vezes ainda assume que é possível, mas dá mais mil
desculpas para eu perder a vontade. E a maior parte das vezes eu cedo.
É uma coisa… mulher
sofre!
Comentários
Enviar um comentário