São
dias que chegam, dias que relembram que nem tudo é como deveria ser. Dias em
que a vontade de gritar o sentimento de injustiça se manifesta com muito mais
força. Mas vou aprendendo com o tempo, com a bagagem que carrego gerada pela
acumulação ao longo dos dias, dos meses e até dos anos.
Gostava
de não sentir o que sinto, gostava de não lembrar o que lembro. Estes
sentimentos, estes pensamentos assaltam-me, entram sem pedir licença e eu fico
assim, sem saber muito bem como os tratar. Tal como quando uma criança está a
fazer birra e não sei bem o que fazer para a acalmar, também me sinto
desorientada, sem saber o que fazer para desta corrente impetuosa de pensamentos,
de sentimentos me libertar.
Não
compreendo a forma como tudo isto se avoluma dentro de mim, rouba espaço e por
vezes até me asfixia. Quero soltar estas cordas, quero libertar-me destes dias
escurecidos apesar do sol que lá fora brilha.
Quero
descanso, quero paz! Quero que tudo seja como deveria ser porque assim sinto-me
esmorecer aos bocadinhos, sinto-me fraquejar, sinto-me morrer.
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