Dia
19 de Março, dia em que os pais com miúdos são acordados com um beijo e um
abraço mais apertado, os pais com graúdos recebem uma chamada e aproveitam e
combinam um jantar para mais logo. Regra geral!
Tenho
a enorme felicidade de ter o meu pai ao meu lado, e por “ao meu lado” quero
referir-me ao facto não apenas de ser vivo, como ser meu companheiro em
brincadeiras, alguns desabafos e para me ajudar em tudo o que preciso.
Hoje
já não vejo o meu pai como via há uns anos atrás. Pessoa algo distante, muito
dedicada ao trabalho, sempre com o peso da responsabilidade e dos compromissos
para cumprir, tem uma vida que ainda atualmente se reduz ao ganha-pão. Por muito
que diga que é altura de baixar o ritmo, de começar a aproveitar a vida… o
vício do trabalho está de tal forma absorvido que não há muito mais para além
disto. E hoje é o que mais me custa.
Mas
o dia do pai é um dia para lembrar as coisas que adoramos no nosso pai e por
isso aqui vai: adoro a forma como sou recebida pelo pai todos os dias que lá
vou a casa, parece sempre que passou demasiado tempo sem lá ir; adoro a forma
como guarda todos os papéis do banco e das contas para me pedir esclarecimentos
quando lá vou a casa; adoro quando sei que diz “logo falo com a minha filha e
ela explica-me, depois decido!”; adoro dar-lhe umas palmadas nas costas e umas
esfregadelas na carequinha; adoro a cumplicidade que existe entre nós quando
nos unimos para contrariar a minha mãe; às vezes (mas só às vezes) até adoro
quando dizes “pronto, tem calma, não te enerves que isso faz-te mal!”.
Não
podia pedir melhor pai, porque tenho o melhor. Temos tendência para por vezes
darmos coisas por garantidas, mas cada vez mais aprendo a dar valor a estes
pequenos momentos, a estas pequenas brincadeiras. Sinto-me sortuda por ter o
pai que tenho. E um dos meus principais objetivos é ser uma filha de que o meu
pai se orgulhe.
Quando
um pai dá tudo por nós, o mínimo que podemos fazer é retribuir!
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