Todos os dias vemos alunos que
estudam porque são obrigados e não porque querem. Basta passar em alguns
centros de formação, nomeadamente de cursos profissionais, para perceber que
andam lá a passar o tempo e não com qualquer objetivo de futuro.
E esta é uma das coisas que me
incomoda. Porque depois ouço gente dizer que gostava de estudar, de seguir o
seu percurso académico continuamente, e não podem. Porquê? Porque estudar fica
caro. E vejo pessoas com potencial, com interesse, com vontade de singrar, que
por motivos financeiros têm de adiar planos. Muitas vezes quando procedem desta
forma acabam por nunca voltar a ter a oportunidade de voltar. E custa-me saber
que isso acontece.
Parece-me uma péssima
distribuição de recursos. Quem quer não pode e quem não quer anda contrariado.
Tive a sorte de fazer o percurso
académico que desejei, pelo menos, até certo ponto. Quando quis começar a
trabalhar os meus pais tentaram opor-se porque pretendiam que a minha única
prioridade fossem os estudos (apesar do seu patrocínio). Fi-lo mesmo assim e
consegui compatibilizar as duas coisas sem grande problema apesar do cansaço
acrescido.
Depois disto ainda fui, durante
uns tempos, turbo formanda. Apostei sempre muito em formação porque em áreas de
trabalho como a contabilidade/gestão há a necessidade de atualização constante,
de acrescentar valor, de saber mais…
Hoje, infelizmente, tenho de refrear
esta vontade de aprender, de absorver conhecimento. Existem muitas ofertas
apelativas no mercado no que a formação diz respeito. Seria mais seletiva e
sabia exatamente o que queria frequentar. Mas, como ainda ouvi alguém dizer-me
esta semana, estudar fica caro.
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