O peito. Um sufoco permanente.
Estendes a mão, agarras o meu
coração e simplesmente consegues asfixia-lo até ao âmago da minha exaustão.
Mandíbulas malditas que quero
afastar. Do meu coração e do meu pensamento.
Libertar-me deste abstracto e
deparar-me com o definido.
Quero tudo resolvido.
Os dias passam e cada vez me
apertas mais. A dor, o sofrimento, a preocupação são toda a minha lamentação.
Liberta-me. Não me apertes mais. Mesmo
que seja para me proteger - preciso de saber.
Tenho de saber quem é o adversário.
Saber quem é que vai ganhar. Não posso simplesmente continuar com a venda a
ofuscar-me o olhar.
Preciso do alívio do teu aperto
mesmo que com ele venha um oponente imponente.
Só não quero ser esmagada. Independentemente
de tudo o resto irei combater; crer no bom que pode ser.
Em breve tudo não deve passar de
uma pequena memória. Que será esquecida com a consolação de ser relembrada.
Para já, para já, fazes o que te
peço e deixas-me ser o que devo ser? Só quero a tua ausência para ser a chegada
almofadada.
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