quando me sinto diariamente a caminhar no fio da navalha. Nunca sei como vai acabar o dia e o aperto constante que sinto parece murchar-me mais um pouco diariamente - hora a hora. Enquanto sei que o meu irmão está numa cama de hospital a lutar por manter o coração a bater não consigo deixar de ser assaltada por momentos que partilhamos. A forma como pelos corredores dizia, alto e bom som, o orgulho que sentia pelo facto de ter emagrecido “tanto”; quando dizia ao RP para ter cuidado e se pôr a pau! Com um sorriso malandro no rosto; quando dizia que eu era a sua psiquiatra e o RP o seu psicólogo; quando me dizia que era a segunda mulher mais importante da vida dele… Pensar que nunca mais me vou sentir envergonhada pelos seus elogios imerecidos, pela forma como explodia quando precisava de desabafar os problemas pessoais, como só eu e o cunhado o conseguíamos acalmar quando começava a perder o controlo dos seus nervos, faz-me sentir seca. Saber que não vou ter de intervir...
Abril, o mês das maiores mudanças da minha vida! Este blogue... pedaços de mim!